15 de ago. de 2013

DA OBSCURIDADE PARA A FAMA

   Praticamente ninguém prestou a menor atenção nesse personagem obscuro, cuja história completa é contada em dois versículos pequenos, em 1 Crônicas 4:9-10 – até a publicação de um pequeno livro intitulado A oração de Jabez*, em 2000. O autor Bruce Wilkinson, explicou de que maneira uma oração que Jabez fizera milhares de anos atrás havia revolucionado sua vida de oração e como poderia trazer vitalidade a qualquer um que ousasse levar aquela oração a sério.

   Diante disso, quem foi esse homem da Antiguidade que causou tanto burburinho no mundo moderno? A Bíblia não diz praticamente nada sobre ele. Diz apenas que “Jabez foi o homem mais respeitado de sua família” e relata que sua mãe lhe deu o nome de Jabez porque o nascimento dele lhe provocara muito sofrimento (seu nome tem o som parecido com uma palavra hebraica que significa “agonia” ou “dor”).

Então, aparece em sua oração, um pedido simples que Deus honrou:
          
Ah, abençoa-me e aumenta as minhas terras! Que a tua mão esteja comigo, guardando-me de males e livrando-me de dores.


É isso. É tudo o que sabemos sobre Jabez.

   O livro A oração de Jabez gerou uma enorme quantidade de discussão e argumentação sobre os méritos da oração específica. Contudo, muito além da controvérsia e de qualquer coisa em que alguém possa crer em relação àquele livro, podemos aprender pelo menos três lições com Jabez e sua oração, agora famosa:

·    Com a ajuda de Deus, você pode superar até mesmo um início doloroso e chegar ao topo.
·    Deus nos convida e nos incentiva a orar.
·    Deus deseja  abençoar seus filhos de um jeito que eles não merecem.

   Se usarmos o exemplo de Jabez para nos motivar a orar e, assim, permanecer em contato próximo e pessoal com o gracioso Senhor do Universo, honraremos a memória desse homem um dia obscuro da Bíblia. E, ao fazer isso, descobriremos por nós mesmos a vibração de um relacionamento vivo e dinâmico com Deus.

Moral da História: Deus deseja abençoar seus filhos respondendo a suas orações.

12 de ago. de 2013

Para o quê você vive?


"E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou." 

O BEM SEMPRE VENCE NO FINAL?

          Sempre acontecem coisas boas a pessoas boas, e sempre acontecem coisas ruins a pessoas ruins? Ainda que nem todos os eventos da vida sejam “juntos”, pelo menos tudo dá certo no final, não é?
Depende do que você chama de “final”. E um homem bom chamado Abner ilustra esse fato inquietante.
Abner serviu por muitos anos como comandante do exército do rei Saul, seu primo (1Sm 14:50). Ele conquistou uma grande reputação como líder militar leal e competente, dirigindo o exército de Israel em muitas vitórias importantes. Saul confiava em Abner e esperava que ele cumprisse qualquer tarefa que lhe fosse atribuída, deste coletar informações secretas até desenvolver táticas eficientes de batalha (17:55).
No dia em que os filisteus mataram Saul, Abner, de alguma forma, conseguiu escapar com vida(31:1-6). Continuou a demonstrar lealdade ao falecido rei servindo a seu filho Is-Bosete (2Sm 2:8-10). Uma guerra esporádica aconteceu por anos entre Davi e o jovem rei até que, um dia, com relutância, Abner teve de matar o irmão de Joabe, o general de Davi. Daquele dia em diante, Joabe nutriu rancor por seu rival (2Sm 2:18-24).
Com o passar do tempo, “Abner foi se tornando poderoso na família de Saul” (2Sm 3:6), mas uma desavença pessoal com o novo rei o levou a oferecer a Davi a união do reino (3:12). Ele viajou para se encontrar com Davi durante uma ausência de Joabe, e os líderes fizeram um acordo. Contudo, quando Joabe voltou e descobriu que Abner visitaria o rei e recebera permrssão para sair em segurança, o comandante ainda amargurado saiu numa busca furiosa pelo odiado rival. Sob o protexto de estreitar os laços das duas partes em favor da unificação. Joabe assasinou Abner a sangue-frio (3:27,30).
Quando Davi ficou sabendo do assassinato, repudiou fortemente o homicídio e se distanciou tanto de Joabe como de seu címplice e irmão Abisai. O monarca axigiu que o reino unificado de Israel honrasse publicamente aquele herói assassino e declarou durante o funeral oficial: “Não percebem que caiu hoje em Israel um líder, um grande homem?” (3:38)
A morte injusta de Abner ilustra que vivemos num mundo destruído, onde o mal às vezes parece vencer e o erro parece ter a última palavra. Esse assassinato aconteceu apenas alguns anos depois da morte imerecida do dedicado Jônatas, o melhor amigo de Davi, que morreu em batalha ao lado do pai corrupto. Diante disso, pensamos: por que Deus permite a ocorrência de tais atrocidades?
Embora não saibamos a resposta com certeza, devemos nos lembrar de que a justiça divina sempre prevalece no final. Até mesmo no Antigo Testamento, Deus prometeu: “Multidões que dormem no pó da terra acordarão: uns para a vida eterna, outros para a vergonha, para o desprezo eterno” (Dn 12:2)
E isso significa que a história de Abner e Joabe não chegou ao fim.


Moral da História: Embora coisas ruins aconteçam a pessoas boas, a justiça de Deus prevalecerá no final. 

5 de ago. de 2013

NÃO HOUVE NINGUÉM COMO ELE

           Seu País dera as costas a Deus durante décadas. Seu avô inventara práticas religiosas degeneradas, depravadas demais até mesmo para os pagãos. Seu pai dera prosseguimento àquilo que o avô fizera e só não desceu mais fundo porque morreu no segundo ano do seu reinado.

Foi nessa atmosfera degradada que o JOVEM Josias ascendeu ao trono de Judá. Não há dúvidas de que os poucos adoradores do Deus vivo restantes esperavam preocupados que o passo seguinte fosse igual aos anteriores. Que horrores esse rei de oito anos de idade tentaria fazer?

Para surpresa de todos, nenhum. Na verdade, Josias contrariou todas as expectativas e foi a ponta de lança de um reavivamento nacional sem precedentes. “Ele fez o que o Senhor aprova e andou nos caminhos de Davi, seu predecessor, sem desviar-se nem para a direita nem para a esquerda” (2Cr 34:2).

No oitavo ano de seu reinado, “ele começou a buscar o Deus de Davi, seu predecessor” (2Cr 34:3). Quatro anos mais tarde, começou a viajar por todo o reino para se livrar das influências pagãs defendidas por seus parentes. Seis anos depois disso, voltou sua atenção para o menosprezado templo de Jerusalém e ordenou que um grupo de assistentes iniciasse o trabalho de restauração.

Assim que aqueles homens começaram a trabalhar, um deles encontrou um rolo antigo. Descobriu que se tratava de uma cópia do Livro da Lei, o conjunto de ordens e instruções divinas concedidas séculos antes por meio de Moisés. Quando um oficial leu o conteúdo para Josias, o JOVEM rei reagiu com surpresa e rasgou suas roupas em desespero, pois sabia que seu povo não cumprira as instruções e insultara o Senhor com ousadia (2Rs 22:1).

Com urgência, Josias instruiu seus subordinados mais próximos a perguntar a Deus sobre o livro. Eles foram de imediato consultar uma profetisa chamada Hulda, que anunciou que o Senhor certamente destruiria Judá e Jerusalém por causa dos longos anos de rebelião do povo – mas que, pelo fato de Josias ter-se humilhado e arrependido, o Senhor não executaria o terrível juízo enquanto ele vivesse (2Rs 22:14-20).

Daquele momento em diante, Josias buscou com zelo ainda maior ter um relacionamento com Deus. Ele liderou uma celebração nacional da Páscoa, um acontecimento como nunca houvera, “desde os dias do profeta Samuel”, quase quinhentos anos no passado (2Cr 35:18). Pelo restante de seu reinado de 31 anos, Josias colocou sua fé plenamente em prática. Cumprir uma observância religiosa específica nunca era demais para Josias; ele se sentia compelido a deixar que a fé moldasse e colorisse tudo o que ele fazia.

“Nem antes nem depois de Josias houve um rei como ele, que se voltasse para o Senhor de todo o coração, de toda a alma e de todas as suas forças, de acordo com toda a Lei de Moisés” (2Rs 23:25).


Moral da História: A fé genuína molda tudo o que um homem piedoso faz.