O HOMEM CONHECIDO COMO João, o Batizador (ou Batista), foi
realmente uma pessoa notável. Mesmo antes de sua concepção, Deus anunciou o
grande papel que ele desempenharia no drama da história humana. Um anjo o
chamou de “grande aos olhos do Senhor” e predisse que ele seguiria “no espírito
e no poder de Elias” (Lc 1:15,17). Quando pregador, já adulto, ele atraía
grandes multidões ao deserto para ouvir sua pregação à medida que preparava o
caminho para a chegada do Messias. Até mesmo Jesus Cristo disse o seguinte
sobre ele: “Entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João
Batista” (Mt 11:11).
Ainda
assim, este herói nacional, o “bebê milagroso” de um casal de idosos, um
pregador ardente do arrependimento e primo de Jesus de Nazaré, quase sucumbiu
ao desânimo e à dúvida quando problemas graves atrapalharam seus passos.
Quando João
viu o Espírito Santo descer sobre Jesus em seu batismo, não teve dúvida de que
ele era o Messias prometido por Deus. O Senhor já lhe revelara isso
anteriormente. “Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer.”
João estava suficientemente confiante para mostrar Jesus a seus discípulos,
declarando em voz alta: “Vejam! É o cordeiro de Deus!” (Jo 1:33,36).
Contudo,
quando Herodes prendeu João por pregar contra o adultério público do rei, a
confiança de João definhou. Ele olhou por trás das barras acinzentadas da cela
para a face cruel dos guardas que, temia ele, logo o executariam, e ficou
desanimado, até mesmo deprimido. Será que havia entendido tudo errado?
Ele enviou
alguns de seus discípulos para fazer a Jesus uma pergunta repleta de dúvida:
“És tu aquele que haveria de vir ou devemos esperar algum outro?” (Mt 11:3).
Ao ler
sobre a descrença de João, podemos sentir vontade de repreendê-lo. Deveríamos
censurá-lo por sua dúvida depois de seu nascimento miraculoso e da confiança
anterior. Jesus não fez nada disso. Pelo contrário, este salvador, que “não
quebrará o caniço rachado, não apagará o pavio fumegante” (Mt 12:20), descreveu
com candura todos os milagres que estavam acontecendo: os cegos veem, os mancos
andam, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e as boas-novas são pregadas aos
pobres. Então, pede aos homens de João que digam a seu líder desanimado: “Feliz
é aquele que não se escandaliza por minha causa” (Mt 11:6).
Os
problemas pessoais têm uma maneira de fazer que o mais resistente entre nós
duvide de nosso chamado, da fé e de Deus. Felizmente, temos um Senhor que “sabe
do que somos formados; lembra-se de que somos pó” (Sl 103:14). E,
surpreendentemente, ele promete que nos abençoará mesmo assim.
MORAL DA HISTÓRIA: DEUS USA SUAS BÊNÇÃOS PARA CONFRONTAR
NOSSAS DÚVIDAS.
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