14 de jun. de 2012

VOANDO NAS ALTURAS

“Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão, andarão e não se fatigarão” (Isaías 40.31). A águia tem uma característica muito interessante. Quando ela faz seu segundo voo, ele é mais alto do que o primeiro. Quando ela faz seu terceiro voo, ele é mais alto do que o segundo. Ela sempre se esforça para voar cada vez mais alto. Com isso, ela tem uma lição muito profunda a nos ensinar. Se os que confiam no Senhor são como a águia, então nós não precisamos ter uma vida de altos e baixos. Há muitos crentes que são instáveis demais. Sua fé oscila como a onda do mar. Não se firmam. Não crescem. Não amadurecem. São reincidentes em repetidas quedas. São crentes inconstantes, ora entusiasmados e cheios de vigor, ora curtindo um desânimo doentio. São crentes como Pedro, antes do Petencoste: fazem bonitas e profundas declarações sobre a messianidade de Jesus, mas se deixam usar pelo diabo (Mt. 16.15-23). Por um instante são ousados, mas depois se acovardam. Há momentos que juram fidelidade a Jesus; logo depois o negam vergonhosamente. Deus não nos chamou para vivermos um projeto de derrota e fracasso. Com Cristo a vida é sempre de trinunfo (II Co.2.14). Com Ele somos mais do que vencedores (Rm. 8.37). A nossa dinâmica não é dar cinco passos para frente e quatro para trás, mas é caminhar de força em força, sempre para frente, para o alvo, que é Cristo Jesus. A águia ainda nos ensina uma outra lição: sempre que divisa no horizonte a chegada de uma tempestade borrascosa, sempre que vê as nuvens escuras e os relâmpagos riscando o céu, sempre que ouve o ribombar dos trovões, ela agiganta ainda mais os seus esforços e voa com intrepidez para as grandes alturas, pairando acima da tempestade, onde sobrevoa em perfeita bonança. Temos, também, em nossa jornada, muitas tempestades. Muitas delas são ameaçadoras e perigosas. É insensatez viver abaixo da borrasca e sofrer os efeitos catastróficos da tempestade se podemos voar para o alto e desfrutar tempos de refrigério e bonança nos braços do Deus vivo. O segredo na hora da crise é voar um pouco mais alto e agasalhar-nos debaixo das asas do Deus onipotente. Ele é a nossa torre de libertação. Ele é o nosso alto refúgio. Ele é o nosso esconderijo seguro. Ele é a nossa cidade-refúgio. Ele é o nosso abrigo no temporal. Muitos crentes, entretanto, em vez de fugir do temporal, causam mais tempestade. São como Jonas, provocadores de vendaval. Sempre que o crente deixa de obedecer a Deus, em vez de benção, torna-se maldição; em vez de ajudar as pessoas ao seu redor, é um estorvo; em vez de ser um aliviador de tensões, é um provocador de tragédias. Todo crente na rota da fuga de Deus é uma ameaça, pois não apenas vive debaixo da tempestade, mas a sua vida é a própria causa da tempestade. A atitude acertada não é fazer como o avestruz, que, ao ver o perigo, esconde a cabeça na areia, julgando com isso que o problema esteja eliminado. Na tempestade, não adianta fugir nem se esconder. O segredo é voar alto e refugiar-se nos braços do Senhor. (Transcrito do Livro Voando nas Alturas)

1 de jun. de 2012

A ORAÇÃO - CURA DIVINA PARA A ANSIEDADE

“Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças” (Fp. 4.6). Deus não dá apenas uma ordem: “Não andeis ansiosos”, mas oferece a solução. Não apenas diagnostica a doença, mas também oferece o remédio. Se a ansiedade é uma doença, a oração é o remédio. Lidamos com a ansiedade não com livros de autoajuda, mas com a ajuda do alto. Triunfamos sobre ela não batendo no peito em uma arrogância ufanista, mas caindo de joelhos e lançando sobre Cristo a nossa ansiedade. Onde a oração prevalece, a ansiedade desaparece. William Barclay corretamente afirma: “Não existe nada demasiadamente grande para o poder de Deus nem demasiadamente pequeno para o Seu cuidado paternal”. O remédio de Deus deve ser usado de acordo com a prescrição divina. Paulo fala sobre três palavras para descrever a oração: oração, súplica e ações de graças. A oração envolve esses três elementos: Em primeiro lugar: Paulo diz que precisamos adorar a Deus quando oramos. Sempre que nos vemos ansiosos, a primeira coisa a fazer é ficar sozinhos com Deus e adorá-lo. Precisamos saber que Deus é grande o suficiente para resolver os nossos problemas. A oração começa quando focamos a nossa atenção em Deus, e não em nós mesmos. O ponto culminante da oração é o relacionamento com Deus, mais do que pedir coisas a Deus. Orar é estar em comunhão com o Rei do Universo. Adoramos a Deus por quem Ele é. Em vez de ficarmos ansiosos, devemos meditar na majestade de Deus e descansar nos Seus braços. Se Deus é quem Ele é, e se Ele é o nosso Pai, não precisamos ficar ansiosos. Em segundo lugar, Paulo diz que podemos apresentar a Ele as nossas necessidades quando oramos. Devemos apresentar todas as nossas necessidades a Deus em oração, em vez de acumular o peso da ansiedade em nosso coração. O próprio Senhor Jesus nos ensinou: “Pedi, e dar-se-vos-á...” (Mt. 7.7) e “... tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei” (Jo. 14.13). Tiago escreveu: “Nada tendes, porque não pedis” (Tg. 4.2). Em terceiro lugar, Paulo diz que devemos agradecer a Deus quando oramos. Devemos olhar para o que Deus já fez por nós para não ficarmos ansiosos (Sl. 116.7). Todavia, devemos agradecer também o que Deus vai fazer. Deus desbarata os nossos inimigos quando nos voltamos para Ele com ações de graças (2 Cr. 20.21). O próprio Paulo, quando plantou a igreja em Filipos, foi açoitado e preso. Não obstante a dolorosa circunstância, agradeceu a Deus, cantando louvores na prisão (At. 16.25). Quando o profeta Daniel foi vítima de uma orquestração na Babilônia, longe de ficar ansioso, orou a Deus com súplicas e ações de graças (Dn. 6.10,11). Daniel foi capaz de passar a noite, em perfeita paz, com os leões, enquanto o rei no seu palácio não conseguiu dormir (Dn. 6.18).