12 de dez. de 2013

QUANDO OS PROBLEMAS GERAM DÚVIDAS

O HOMEM CONHECIDO COMO João, o Batizador (ou Batista), foi realmente uma pessoa notável. Mesmo antes de sua concepção, Deus anunciou o grande papel que ele desempenharia no drama da história humana. Um anjo o chamou de “grande aos olhos do Senhor” e predisse que ele seguiria “no espírito e no poder de Elias” (Lc 1:15,17). Quando pregador, já adulto, ele atraía grandes multidões ao deserto para ouvir sua pregação à medida que preparava o caminho para a chegada do Messias. Até mesmo Jesus Cristo disse o seguinte sobre ele: “Entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista” (Mt 11:11).
            Ainda assim, este herói nacional, o “bebê milagroso” de um casal de idosos, um pregador ardente do arrependimento e primo de Jesus de Nazaré, quase sucumbiu ao desânimo e à dúvida quando problemas graves atrapalharam seus passos.
            Quando João viu o Espírito Santo descer sobre Jesus em seu batismo, não teve dúvida de que ele era o Messias prometido por Deus. O Senhor já lhe revelara isso anteriormente. “Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer.” João estava suficientemente confiante para mostrar Jesus a seus discípulos, declarando em voz alta: “Vejam! É o cordeiro de Deus!” (Jo 1:33,36).
            Contudo, quando Herodes prendeu João por pregar contra o adultério público do rei, a confiança de João definhou. Ele olhou por trás das barras acinzentadas da cela para a face cruel dos guardas que, temia ele, logo o executariam, e ficou desanimado, até mesmo deprimido. Será que havia entendido tudo errado?
            Ele enviou alguns de seus discípulos para fazer a Jesus uma pergunta repleta de dúvida: “És tu aquele que haveria de vir ou devemos esperar algum outro?” (Mt 11:3).
            Ao ler sobre a descrença de João, podemos sentir vontade de repreendê-lo. Deveríamos censurá-lo por sua dúvida depois de seu nascimento miraculoso e da confiança anterior. Jesus não fez nada disso. Pelo contrário, este salvador, que “não quebrará o caniço rachado, não apagará o pavio fumegante” (Mt 12:20), descreveu com candura todos os milagres que estavam acontecendo: os cegos veem, os mancos andam, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e as boas-novas são pregadas aos pobres. Então, pede aos homens de João que digam a seu líder desanimado: “Feliz é aquele que não se escandaliza por minha causa” (Mt 11:6).
            Os problemas pessoais têm uma maneira de fazer que o mais resistente entre nós duvide de nosso chamado, da fé e de Deus. Felizmente, temos um Senhor que “sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó” (Sl 103:14). E, surpreendentemente, ele promete que nos abençoará mesmo assim.

MORAL DA HISTÓRIA: DEUS USA SUAS BÊNÇÃOS PARA CONFRONTAR NOSSAS DÚVIDAS.