17 de fev. de 2012

DESAFIADOS À PRÁTICA DA BÍBLIA

“Levanto a Deus a minha voz; a Deus levanto a minha voz, para que Ele me ouça. No dia da minha angústia, busco ao Senhor...” (Sl. 77.1-2a) Dando continuidade ao tema do último boletim, quero chamar a atenção para a importância da nossa devoção particular, nossos momentos de intimidade com Deus e o texto acima parte do Salmo 77, nos convida a refletirmos sobre isso (leia o texto completo). “O que o Salmista está nos comunicando sobre seu momento de devoção pessoal, é alguma coisa de sublime importância para a vida do crente. O que ele diz fazer diariamente, deveria ser algo presente em nossas vidas também. Este Asafe, escritor deste Salmo e de vários outros, era um dos responsáveis pelos cânticos de louvor, desde os tempos de Davi. Os seus filhos se perpetuaram neste trabalho, dirigindo a parte musical (instrumentos e corais) dos cultos, com o templo depois, e até a restauração com Esdras e Neemias mais tarde. Nestes versículos ele nos transmite a idéia de que era à noite que se recolhia para pensar e escrever os seus Salmos (“Lembro-me do meu cântico”) refletia e meditava intimamente (“Consulto com o meu coração”) e finalmente, sondava o seu interior, questionava-se (“Examino o meu espírito”). Eis aí um exercício que todos nós crentes deveríamos cultivar em nossas vidas hoje. O hábito de encerrar os nossos dias num momento de devoção como este, em que através de um exame interior, pudéssemos “cantar” ao Senhor agradecendo as bênçãos recebidas e as lutas vencidas, ler a palavra de Deus e refletir sobre o texto, seu significado e aplicação ao viver, e orar indagando e sondando o coração sobre os passos a tomar, as vontades que nos estão movendo, os propósitos que nos estão atraindo. Um Deus Santo como o nosso, exige de cada um de nós que nos dizemos crentes, momentos “santos” assim, separados para devoção, para o culto, para o exame interior. Só ampliaremos a nossa vida cristã, no grau de santidade que devemos alcançar, na medida em que através de momentos assim, venhamos a crescer em nossa espiritualidade, aumentar a nossa comunhão com Ele, sentir a presença Dele em nosso viver.

VOCÊ ESTÁ BUSCANDO ISSO?

(Livro Atualidades com Adaptações)

9 de fev. de 2012

SER COMO CRISTO, PRATICANDO A BÍBLIA

‘‘E sede cumpridores da Palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos’’ (Tg. 1.22). O título acima é o tema anual dos batistas brasileiros para o ano de 2012, tendo como divisa Gl. 4.19b “Até que Cristo seja formado em vós” que nos convida a refletir na ênfase de na qualidade de povo de Deus sermos “Desafiados à prática da Bíblia, para ser padrão de integridade.’’ Pensando nisso transcrevemos abaixo o texto extraído do livro Atualidades, que nos ajudará no entendimento de que a única maneira de sermos semelhantes a Cristo é pela prática da Palavra de Deus. “Analisando o sentido da palavra ouvir, descobrimos que ela requer uma resposta, que deve ser traduzida por prática. Tiago declara: “Pois se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante a um homem que contempla no espelho o seu rosto natural, porque se contempla a si mesmo e vai-se, e logo se esquece como era” (Tg. 1.23-24). O que podemos aprender com a imagem do espelho? (1) Aprendemos sobre o Ideal e o Real – Muitas vezes nos olhamos no espelho e logo percebemos que não somos tão perfeitos como pensamos, tão belos como imaginamos. A imagem do espelho, usada neste texto, serve para enfatizar a diferença entre o ideal e o real. O apóstolo deseja também mostrar a diferença entre a intenção de Deus e a condição do homem. Seria como uma pessoa que mesmo diante do espelho se esquece de pentear-se como é necessário e cuidar de sua aparência a fim de apresentar-se corretamente diante da sociedade. O crente neste novo século não pode se descuidar de sua conduta. Tiago quer deixar claro que o cristão não pode se tornar apenas um ouvinte esquecido e displicente da Palavra de Deus, antes necessita ser um cumpridor da Palavra. (2) Também aprendemos sobre o Falso e o Verdadeiro – A ilustração do espelho nos ensina que a Bíblia, assim como o espelho, não esconde as nossas falhas. Depois de entrar em contato com a Palavra de Deus, não podemos mais continuar no “mundo do faz de conta”, pois a verdade sobre a nossa vida será revelada. Ainda que queiramos continuar vivendo na falsidade, em nosso íntimo saberemos tudo sobre a verdade. Esta é a razão porque muitos não querem ler e conhecer a Palavra de Deus. Li recentemente num belo quadro que continha uma fotografia de uma Bíblia aberta, uma inscrição que dizia: “Ou este livro o afastará do pecado, ou o pecado o afastará deste livro”. É por este motivo que tantas vezes, quando alguém comete um pecado, logo quer afastar-se da igreja, da Escola Bíblica Dominical e do estudo sistemático da Palavra de Deus. O saudoso pastor Rubens Lopes dizia com muita propriedade em suas mensagens: “Conviver com o pecado é como acariciar uma cascavel”. (3) Podemos aprender sobre o Natural e o Espiritual – Em um espelho uma pessoa vê seu rosto natural o que, metaforicamente, indica sua verdadeira condição espiritual. Ao mesmo tempo, isso entra em contraste com a condição “espiritual ideal”, conforme é contemplada em Cristo e em seu evangelho, através das páginas das Escrituras Sagradas. Quando alguém vê Cristo, vê o caráter eterno que deverá vir a possuir. “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (II Co. 3.18). Quando ouvimos atentamente a Palavra de Deus e colocamos em prática os seus sentimentos somos aperfeiçoados em nosso viver.’’

3 de fev. de 2012

UM NOVO OLHAR, UMA VIVA ESPERANÇA...

“Segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei confundido, antes, com toda a ousadia, Cristo será tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo; seja pela vida, seja pela morte.” (Fp. 1.20)
Lembro quando operei os meus olhos e experimentei a alegria de me livrar da miopia e poder ver claramente tudo o que estava a minha volta. Foi uma alegria indescritível! Tudo a minha volta parecia mais vivo, com formas mais definidas, mais cor, mais beleza! Olhar o mundo a nossa volta e vê-lo sem o devido foco é algo que nos tira o verdadeiro sentido das coisas.
Acredito que em determinadas situações precisamos fazer um melhor exame de como está a nossa visão quanto ao foco que estamos tendo em nossa trajetória neste mundo. Percebo que na maioria das vezes, temos vivido com uma visão um tanto distorcida do que é de fato significativo. Temos dificuldades de ver um pouco mais além. Só conseguimos enxergar o “aqui e agora” o que está ao alcance bem próximo dos nossos olhos e ainda assim de forma bem limitada.
O texto acima citado nos apresenta o desafio de exercitar um novo olhar para as circunstâncias da vida, não nos deixando paralisar por elas, mas nos colocando na posição de fixar os olhos adiante, contemplando com os olhos da fé, não de forma passiva, mas com ardente expectativa e esperança. De cabeça erguida, firme, para ter um alcance maior de visão de futuro, fazendo isso de forma concentrada, com ousadia e coragem focando no que se espera alcançar, mantendo viva a esperança, certos de que Aquele que fez a promessa é fiel para cumpri-la.
Paulo se alegrava na esperança. Ele antevia a magnitude do céu; não se deixava intimidar pelas circunstâncias adversas nem tão pouco se deixava seduzir pela aparente riqueza ou beleza que o mundo pudesse lhe oferecer. Sua visão era plena da luz de Cristo!
A luz de Cristo nos habilita a caminhar com ousadia e coragem, não nos deixa ser confundidos nem embaraçados. Ele nos faz caminhar em segurança e nos faz alcançar lugares altos! Experimente esse novo olhar, desfrute dessa viva esperança...

Luciana Oliveira da Silva e Souza