12 de dez. de 2013

QUANDO OS PROBLEMAS GERAM DÚVIDAS

O HOMEM CONHECIDO COMO João, o Batizador (ou Batista), foi realmente uma pessoa notável. Mesmo antes de sua concepção, Deus anunciou o grande papel que ele desempenharia no drama da história humana. Um anjo o chamou de “grande aos olhos do Senhor” e predisse que ele seguiria “no espírito e no poder de Elias” (Lc 1:15,17). Quando pregador, já adulto, ele atraía grandes multidões ao deserto para ouvir sua pregação à medida que preparava o caminho para a chegada do Messias. Até mesmo Jesus Cristo disse o seguinte sobre ele: “Entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista” (Mt 11:11).
            Ainda assim, este herói nacional, o “bebê milagroso” de um casal de idosos, um pregador ardente do arrependimento e primo de Jesus de Nazaré, quase sucumbiu ao desânimo e à dúvida quando problemas graves atrapalharam seus passos.
            Quando João viu o Espírito Santo descer sobre Jesus em seu batismo, não teve dúvida de que ele era o Messias prometido por Deus. O Senhor já lhe revelara isso anteriormente. “Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer.” João estava suficientemente confiante para mostrar Jesus a seus discípulos, declarando em voz alta: “Vejam! É o cordeiro de Deus!” (Jo 1:33,36).
            Contudo, quando Herodes prendeu João por pregar contra o adultério público do rei, a confiança de João definhou. Ele olhou por trás das barras acinzentadas da cela para a face cruel dos guardas que, temia ele, logo o executariam, e ficou desanimado, até mesmo deprimido. Será que havia entendido tudo errado?
            Ele enviou alguns de seus discípulos para fazer a Jesus uma pergunta repleta de dúvida: “És tu aquele que haveria de vir ou devemos esperar algum outro?” (Mt 11:3).
            Ao ler sobre a descrença de João, podemos sentir vontade de repreendê-lo. Deveríamos censurá-lo por sua dúvida depois de seu nascimento miraculoso e da confiança anterior. Jesus não fez nada disso. Pelo contrário, este salvador, que “não quebrará o caniço rachado, não apagará o pavio fumegante” (Mt 12:20), descreveu com candura todos os milagres que estavam acontecendo: os cegos veem, os mancos andam, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e as boas-novas são pregadas aos pobres. Então, pede aos homens de João que digam a seu líder desanimado: “Feliz é aquele que não se escandaliza por minha causa” (Mt 11:6).
            Os problemas pessoais têm uma maneira de fazer que o mais resistente entre nós duvide de nosso chamado, da fé e de Deus. Felizmente, temos um Senhor que “sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó” (Sl 103:14). E, surpreendentemente, ele promete que nos abençoará mesmo assim.

MORAL DA HISTÓRIA: DEUS USA SUAS BÊNÇÃOS PARA CONFRONTAR NOSSAS DÚVIDAS.

28 de nov. de 2013

NÃO SE PREOCUPE; SEJA FELIZ.

Nenhum lugar da terra está imune a coisas como desastres naturais, doenças ou conflitos humanos. Nos dias dos profetas Jeremias e Miqueias, os falsos pregadores proclamavam uma falsa paz, uma paz criada pelo homem sem Deus. Eles criaram um slogan que pregoava “paz, paz”, mesmo diante do pecado e de circunstâncias terríveis. Jeremias disse: “Eles tratam da ferida do meu povo como se não fosse grave. ‘Paz, paz’, dizem” (Jr 6:14).
                Deus, porém, declarou que eles estavam proclamando paz “quando não há paz alguma”. Seu julgamento foi severo: “Cairão entre os que caem; serão humilhados quando eu os castigar’, declara o Senhor” (Jr 6:14-15).
                As coisas não são diferentes hoje em dia. Há muitos que tranquilizam aqueles que vivem de maneira contrária à Palavra de Deus: “Não se preocupe, todo mundo faz isso. Na verdade, Deus não se importa com essas coisas menores. Afinal de contas, você não está prejudicando ninguém”. Em essência, estão dizendo “paz, paz” onde não há paz alguma.
                E Deus responde: “Não há paz para a pessoa rebelde”. Todo pecado é sério para o Senhor. Ele nunca deve ser banalizado por justificativas humanas. Somente o perdão divino pode trazer paz genuína.
                O profeta Isaías proclamou esta palavra vinda do Senhor:

“Eu vi os seus caminhos, mas vou curá-lo; eu o guiarei e tornarei a dar-lhe consolo, criando louvor nos lábios dos pranteadores de Israel. Paz, paz, aos de longe e aos de perto”, diz o Senhor. “Quanto a ele, eu o curarei”. Mas os ímpios são como o mar agitado, incapaz de sossegar e cujas águas expelem lama e lodo. "Para os ímpios não há paz", diz o meu Deus. Isaías 57:18-21

                Outros oferecem uma solução vazia para aqueles que estão enfrentando grande tristeza ou dor, dizendo: “Não se preocupe, isso vai passar. Você vai superar”. Estão dizendo “paz, paz”.
                E Deus responde “não há paz alguma”. Nenhum comprimido, nenhuma quantidade de sono, nenhum espaço de tempo podem, sozinhos, tratar de um espírito ferido. Somente o perdão, o conforto e a misericórdia de Deus são capazes de curá-lo e restaurar a paz genuína.

                Jesus disse claramente: “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenha medo” (Jo 14:27). Com essas palavras, Cristo apresentou as causas fundamentais de preocupação e ansiedade que, para todos nós, são o medo e um coração perturbado.

13 de nov. de 2013

ATÉ AQUI NOS AJUDOU O SENHOR

Em I Samuel capítulo sete lemos a história que pode nos ajudar em muito nas nossas reflexões sobre o tempo em que estamos vivendo na Igreja Batista Central em Belford Roxo. Tempo de colheita, tempo de paz e sobretudo tempo de gratidão pois estamos no mês de aniversário de nossa igreja. Aconselho a leitura de todo o capítulo mencionado, para um bom entendimento da mensagem ali contida.
Quando eu e você decidimos buscar do Senhor uma solução apresentando nossas batalhas diante Dele com humildade e sacrifício, Deus toma nossas lutas para Ele. Nossas batalhas passam a ser Suas batalhas, nossos problemas passam a ser Seus problemas ... verdadeiramente o Senhor peleja por nós. Esta história nos dá conta que para chegar àquele momento em que Samuel ergueu o memorial, algumas atitudes do povo foram fundamentais:
O povo buscou ao Senhor com súplicas (v. 2)
O povo abandonou a idolatria (v. 4)
O povo reconheceu o seu pecado (v. 6)
Deus fez cair trovões e relâmpagos sobre os inimigos, houve uma confusão total nos campos dos filisteus que os fez fugirem em pânico perseguidos pelos soldados de Israel. Samuel ergueu um marco, um monumento que seria perpetuado na história para a glória do Senhor. Todos que olhassem para aquela pedra se lembrariam daquele dia e como Deus os ajudou. Assim também, pelos olhos da fé devemos olhar para Cristo e nos lembrarmos que estamos aqui porque Ele nos tem ajudado e sustentado – Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. Glórias pois a Ele eternamente, amém! Sem Deus, não existiríamos, sem Jesus, nunca teríamos vencido. Se hoje somos vencedores é porque Ele venceu por nós.
“Até aqui” expressão da qual podemos tirar três preciosos ensinamentos:
Revela bênçãos no passado – Quando mencionamos “até aqui” estamos reconhecendo que ao longo destes 44 anos tivemos momentos especiais, experiências que nos ajudaram a pensar o quanto somos amados pelo Pai, o quanto nossa história foi marcada por situações as mais diversas mas se estamos aqui foi porque prevaleceu a vitória. O Senhor não nos abandonou, houve ação direta do Seu poder e da sua misericórdia.
Revela bênçãos do presente – “Aqui” fala de um hoje, de um agora. ÉR importante olhar o passado mas o que vale mesmo é o presente, o que somos hoje, o que estamos oferecendo agora ao Senhor e isto deve nos levar a um profundo reconhecimento. A mão de Deus nos guiando e sustentando, resulta em nosso coração uma alegria sem par.
Revela expectativas de bênçãos para o futuro – “Até aqui” não aponta necessariamente para um ponto final. Pelo contrário, temos sonhos, temos projetos, ideais de sermos melhores. Servir ao Senhor com integridade, lembrando sempre que a nossa missão neste mundo é fazer a grande diferença. Fé perseverante. Olhando sempre para o futuro com a certeza da vitória, pois a vitória pertence àqueles que não retrocedem.

Que Deus nos ajude! Amém!

7 de nov. de 2013

DOIS É MELHOR DO QUE UM

“É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajuda-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se! E se dois dormirem juntos, vão manter-se aquecidos. Como, porém manter-se aquecido sozinho? Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se quebra com facilidade” (Eclesiastes 4:9-12)

A propósito do nosso 16° Retiro de Casais, transcrevemos o texto a seguir, aconselhando, para melhor entendimento, a leitura completa de todo o capítulo acima mencionado.
As coisas parecem bem ruins para o autor desta passagem. Ele olha para o mundo a seu redor e declara que o indivíduo mais feliz “é aquele que ainda não nasceu” (V.3)

Talvez possamos concordar com esse panorama sombrio. As notícias que vemos todas as noites na televisão não são promissoras. Guerra, fome, problemas econômicos – tudo parece muito amargo.

Deste lado do céu, porém, sobreviveremos com mais alegria se não estivermos sozinhos. Alguns versículos depois, o autor de Eclesiastes chega à seguinte conclusão: “É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se!” (V.9-10)

Deixados a sós, sem ninguém íntimo a quem amarmos, tendemos a descer rapidamente pela espiral da autocomiseração. É difícil sair sozinho de um período de mau humor. Enxergamos a vida apenas de nossa perspectiva.

Contudo, com uma pessoa amada, podemos ouvir palavras de conforto e conselhos que nos erguem. Quando sentirmos pena de nós mesmo, teremos alguém para destacar as bênçãos que estão presentes em nossa vida.


Algumas pessoas são chamadas para viver uma vida solitária. Para elas, Deus normalmente provê um amigo próximo, do mesmo sexo, para servir de confidente e incentivador, como Bernabé foi para o apóstolo Paulo. Para a maioria de nós, porém, o supremo dom divino da parceria é o casamento, e as bênçãos de Deus encontradas no relacionamento conjugal superam em muito a vida solitária.

24 de out. de 2013

PARECIDOS COM CRISTO

Não estamos bem certos do que realmente significa ser como Cristo. Não sabemos bem o que significa enxergar com os olhos dele, ouvir com seus ouvidos, sentir com seu coração. Às vezes, gostaria de saber. Às vezes, fico pensando como é desejar uma única coisa, sem distração na mente ou divisão no coração. Querer apenas aquilo que o Pai quer. Falar apenas aquilo que o Pai ensinou. Fico imaginando como é esvaziar-me de mim mesmo como Jesus fez. Entregar-me como ele se entregou. Sacrificar a mim mesmo como ele fez.
           
Até que Cristo volte para restabelecer seu reino sobre a terra, Deus está restaurando seu domínio neste mundo rebelde, uma pessoa por vez, uma família por vez, uma igreja por vez. Por ora, o domínio de Deus está sobre aqueles que ostentam sua imagem, aqueles cuja vida reflete seu amor, sua sabedoria, sua compreensão, sua compaixão, seu perdão, sua humildade, sua bondade.
           
É claro que nem todos aqueles que carregam o nome de Cristo ostentam sua imagem. Existe uma diferença entre ser cristão e ser conforme a imagem de Cristo. Tornar-se cristão acontece quando, por assim dizer, uma pedra é libertada da montanha. Várias coisas ocorrem antes, em preparação para esse momento, como a perfuração de buracos e a colocação de cunhas, mas, por fim, uma última fissura libera a pedra. Pode ser um momento de fragmentação, no qual a última rachadura reverbera por toda a pedreira. Ou um momento silencioso no qual a última rachadura é tão leve que passa despercebida. Seja como for, há um instante em que a pedra se solta.
            
Ou seja, fica livre da montanha.
           
Mas não de si mesma.
            
Conformar-se à imagem de Cristo é o processo que Deus usa para libertar a pedra de si mesma. Paulo o expõe em Romanos 8:28-29:

Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.

            
Deus usa as circunstâncias de nossa vida – todas as circunstâncias de nossa vida – como ferramentas. Ele cuida de sua obra da mesma maneira que Michelangelo cuidava da dele. Dentro da pedra tosca de nós mesmos está presa a imagem de Cristo. Para libertar a imagem, ele arranca tudo que não é Jesus.

17 de out. de 2013

MORRER POR UMA PESSOA

Alguns falam sobre a nobreza de “morrer por uma causa”. Apontam para algum herói que sacrificou a vida por um movimento ou um ideal. Às vezes, os cristãos fazem a mesma coisa, apontando para bravos mártires que, voluntariamente, derramaram seu sangue com o objetivo de proclamar a mensagem cristã. Com muita frequência, citam Estêvão.
            Não deveriam. Estêvão não morreu por uma causa ou por um movimento. Apenas uma coisa o levou a sacrificar sua vida: amor por seu Senhor maravilhoso.
            A Bíblia descreve Estêvão como um homem cheio de fé, graça, poder espiritual e sabedoria (At 6:5,8,10). Os apóstolos o indicaram para o primeiro “corpo diaconal”, um grupo de sete homens encarregados de administrar o programa eclesiástico de assistência às viúvas.
            Quanto mais Estêvão refletia sobre a importância da vida, da morte e da ressurreição de Jesus mais aparentes se tornavam as consequências lógicas. Em sua pregação, ele enfatizava um relacionamento com Cristo, em vez de um comprometimento com as formas ou os regulamentos religiosos. Numa época em que os líderes religiosos valorizavam as regras feitas por homens tanto quanto a lei de Deus ou mais, logo seus ensinamentos começaram a lhe causar dificuldades.
            Muito embora os líderes judeus de Jerusalém tivessem advertido os apóstolos de não pregar em nome de Jesus e apesar de ocasionalmente os açoitarem, eles ainda não haviam iniciado nenhuma campanha formal para suprimir a igreja um todo. Tudo isso mudou depois que Estêvão começou a pregar.
            Os líderes religiosos viram a mensagem de Estêvão como um ataque contra três preceitos “intocáveis”: a Lei mosaica como a mais elevada revelação de Deus, o templo como a residência permanente do Senhor na terra e a terra de Israel como o único lugar das bênçãos terrenas. Estevão rejeita esses preceitos e, ao contrário, ensinava que Cristo, e não o templo de Jerusalém deveria ser o foco central da fé.
            Seu sermão, apresentado em Atos 7 (o maior monólogo registrado na Bíblia), colocou a Lei, a terra e o templo num papel de subordinação a Cristo. Jesus é a mais elevada revelação de Deus; Jesus é o Senhor sobre toda a terra; o fiel pode adorar a Cristo em qualquer lugar. Os líderes reagiram com fúria e imediatamente o apedrejaram até a morte.
            Já caído, prestes a morrer, Estêvão repetiu o padrão do Senhor a quem amava. Primeiramente, orou: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito”. Então, acrescentou: “Senhor, não os consideres culpados deste pecado” (At 7:59-60; compare com as palavras de Jesus registradas em Lc 23:34,46). Um Jovem fariseu chamado Saulo – que, mais tarde, se tornaria o apóstolo Paulo – participou com avidez da morte de Estêvão. Como diria Agostinho, séculos mais tarde, “se Estêvão não tivesse orado, a igreja não teria tido Paulo”.
            A oração da hora da morte de Estêvão foi feita não em apoio à religião, mas em súplica àquele que ele já podia ver recebendo-o na presença de Deus.


Moral da História: Devemos estar preparados para dar tudo – até a própria vida- pela pessoa de Jesus Cristo.

26 de set. de 2013

TÍMIDO, MAS PRODUTIVO

Muitos de nós evitam se envolver no ministério porque dizemos a nós mesmo que não temos o temperamento adequado. Ouvimos o que dizem Pedro, o impetuoso, ou Paulo, o apóstolo ousado, e pensamos: “Ei, eu não sou assim. Eu não me levantaria nem diante de três pessoas para falar, quando mais diante de uma multidão. Vou deixar o ministério para os profissionais”.
            Contudo, Deus não pensa dessa maneira. Analise Timóteo, a “Prova A”.
            Timóteo cresceu num lar dividido. Embora sua mãe judia tenha se tornado cristã, não há indicativos de que seu pai grego tenha aceitado a fé. Parece que tanto Timóteo quanto sua mãe aceitaram a Cristo durante a primeira viagem de Paulo, quando o apóstolo visitou Listra, a cidade natal deles. Na segunda viagem do apóstolo por aquela área, ele notou Timóteo, uma vez que “os irmãos de Listra de Icônio davam bom testemunho dele” (At 16:2). Paulo e Timóteo desenvolveram uma grande proximidade, e o apóstolo se tornou mentor espiritual do rapaz.
            Daquela época em diante, Timóteo acompanhou Paulo diversas vezes em suas viagens, às vezes permanecendo mais atrás e em outras ocasiões trabalhando com outro em “equipes avançadas”, pavimentando o caminho para a chegada do apóstolo (At 17:14; 18:5; 19:22; 20:4). Paulo Amava cada vez mais aquele jovem, como se ele fosse um parente de sangue. Ele o considerava seu “cooperador’’ (Rm 16:21) e “irmão” (2Co 1:1). Mais do que isso, porém, ele o via como um “amado filho” (2Tm 1:2), seu “filho amado e fiel no Senhor” (1Co 4:17) e seu “verdadeiro filho na fé” (1Tm 1:2). Ele podia dizer: “Não tenho ninguém que, como ele, tenha interesse sincero pelo bem-estar de vocês [...] Timóteo foi aprovado porque serviu comigo no trabalho do evangelho como um filho ao lado de seu pai” (Fp 2:20,22).
            Contudo, Timóteo não era Paulo; Paulo era exemplo e mentor para seu filho na fé, mas Timóteo não era espelho dos pontos fortes do apóstolo. Enfrentava dificuldades como o medo e a hesitação, por isso Paulo admoestou seu pupilo tímido: “Pois Deus não nos deu espírito de covardia, ma de poder, de amor e de equilíbrio. Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele, mas suporte comigo os meus sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus” (2Tm 1:7-8). O Apóstolo instruiu aqueles que viriam a ser seus anfitriões: “Se Timóteo for, tomem providências para que ele não tenha nada que temer enquanto estiver com vocês [...]. Portanto, ninguém o despreze” (1Co 16:10-11).
            Timóteo provou que Deus pode usar – e de fato usa – todo tipo de temperamento no ministério. A grande pergunta para casa um de nós é esta: “Quero que Deus me use?”.


Moral da História: Ser eficiente para Deus depende do poder divino, não do temperamento humano.

6 de set. de 2013

DA MONTANHA PARA O VALE

Em todos os evangelhos, o apóstolo Pedro demonstra continuamente como deus gosta de usar seres humanos comuns para alcançar objetivos celestiais. Considere apenas algumas de suas estonteantes subidas ao topo da montanha e suas assustadoras descidas ao fundo do vale.
Quando Jesus e os discípulos visitavam a região de Cesareia de Felipe, o mestre perguntou: “quem os outros dizem que o filho do homem é?”. Os discípulos deram várias respostas – nenhuma delas correta. Mas Pedro bradou: “tu és o cristo, o filho do deus vivo”. Jesus elogiou Pedro por seu discernimento e profetizou que a igreja seria fundada exatamente sobre essa confissão de fé (Mt 16:13-19). Topo!
            Durante uma forte tempestade noturna, os discípulos remavam seu barco com dificuldade quando viram Jesus andando sobre a água. Acharam que era um fantasma, mas Cristo acabou com o mal-entendido. Quando Pedro recompôs, pediu permissão para andar sobre a água. Jesus concedeu (Mt 14:22-29). Topo!
            Ma quando Pedro viu as ondas revoltas e ouviu o barulho do vento, teve dúvida e imediatamente começou a afundar (Mt 14:30-32) Vale!
            Jesus levou Pedro, Tiago e João ao cume de uma montanha, onde viram sua glória celestial revelada. Moisés e Elias apareceram junto a Jesus (Mc 9:2-4). Topo!
            Mas Pedro ficou tão deslumbrado diante da maravilhosa exibição que, de forma imprópria, ofereceu-se para construir três tendas (Mc 9:5-6). Vale!
            Na noite em que Jesus foi preso, Pedro, depois de insistir que nunca abandonaria seu Senhor, negou três vezes que o conhecia (Mt 26:31-35,69-75). Vale!
            Entretanto, depois da ressurreição de Jesus, Pedro e o Senhor tiveram um café da manhã de reconciliação, e Jesus deu ao discípulo a oportunidade de reafirmar seu amor por ele três vezes (Jo 21:15-19). Topo!
            No dia de Pentecoste, quando o Espírito Santo desceu, Pedro pregou um sermão poderoso que levou três mil pessoas a Cristo (At 2). Topo!
            Contudo, algum tempo mais tarde, mesmo depois deter sido comissionado por Deus para levar o evangelho aos gentios, Pedro os desprezou em favor de alguns judeus cristãos legalistas, o que lhe rendeu uma dura repreensão do apóstolo Paulo (Gl 2:11-16). Vale!
            Todos nós alcançamos topos e descemos a vales em nossa jornada com Cristo. O truque é não tentar acampar na montanha, nem relaxar no vale, mas continuar seguindo adiante – um passo determinado atrás do outro – “até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo” (Ef 4:13).
 

Moral da História: Topos e vales vêm e vão, mas progredir é uma escolha.

15 de ago. de 2013

DA OBSCURIDADE PARA A FAMA

   Praticamente ninguém prestou a menor atenção nesse personagem obscuro, cuja história completa é contada em dois versículos pequenos, em 1 Crônicas 4:9-10 – até a publicação de um pequeno livro intitulado A oração de Jabez*, em 2000. O autor Bruce Wilkinson, explicou de que maneira uma oração que Jabez fizera milhares de anos atrás havia revolucionado sua vida de oração e como poderia trazer vitalidade a qualquer um que ousasse levar aquela oração a sério.

   Diante disso, quem foi esse homem da Antiguidade que causou tanto burburinho no mundo moderno? A Bíblia não diz praticamente nada sobre ele. Diz apenas que “Jabez foi o homem mais respeitado de sua família” e relata que sua mãe lhe deu o nome de Jabez porque o nascimento dele lhe provocara muito sofrimento (seu nome tem o som parecido com uma palavra hebraica que significa “agonia” ou “dor”).

Então, aparece em sua oração, um pedido simples que Deus honrou:
          
Ah, abençoa-me e aumenta as minhas terras! Que a tua mão esteja comigo, guardando-me de males e livrando-me de dores.


É isso. É tudo o que sabemos sobre Jabez.

   O livro A oração de Jabez gerou uma enorme quantidade de discussão e argumentação sobre os méritos da oração específica. Contudo, muito além da controvérsia e de qualquer coisa em que alguém possa crer em relação àquele livro, podemos aprender pelo menos três lições com Jabez e sua oração, agora famosa:

·    Com a ajuda de Deus, você pode superar até mesmo um início doloroso e chegar ao topo.
·    Deus nos convida e nos incentiva a orar.
·    Deus deseja  abençoar seus filhos de um jeito que eles não merecem.

   Se usarmos o exemplo de Jabez para nos motivar a orar e, assim, permanecer em contato próximo e pessoal com o gracioso Senhor do Universo, honraremos a memória desse homem um dia obscuro da Bíblia. E, ao fazer isso, descobriremos por nós mesmos a vibração de um relacionamento vivo e dinâmico com Deus.

Moral da História: Deus deseja abençoar seus filhos respondendo a suas orações.

12 de ago. de 2013

Para o quê você vive?


"E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou."