23 de nov. de 2012

Abrigo na tempestade


    Ao enfrentar terremotos inesperados, nunca se esqueça de que você tem um abrigo. Você pode correr para uma fonte de paz que ultrapassa a compreensão. Deus diz: ‘‘Clame a mim no dia da angustia; eu o livrarei’’ (Sl 50:15). Deus deseja que nos voltemos para ele em primeiro lugar quando os problemas surgirem. Nós, porém, tentamos primeiro resolver tudo e, então, quando a vida começa a desmoronar e nossos recursos se esgotam, acabamos voltando-nos para Deus e dizemos: ‘‘Bem, acho que não há mais nada a fazer senão orar!’’.
Essa fórmula, contudo, deve ser invertida: a oração tem de ser a primeira reação, não o último recurso. Deus diz: ‘‘Volte-se para mim em primeiro lugar, ore sobre isso, porque estou bem aqui a seu lado’’. Como é possível saber se Deus é realmente o núcleo de sua vida? Resposta: você para de se preocupar! Sempre que você se preocupa, é sinal de que Deus foi tirado do primeiro lugar e outra coisa o substituiu como centro de sua vida. Sempre que você coloca Deus em primeiro lugar em determinada área, você deixa de se preocupar com ela. Se Deus não for o primeiro em seu casamento, você se preocupará com o relacionamento. Se não for o primeiro nas finanças, você se afligirá com a conta bancária. Se Deus não for o primeiro nos negócios, você não conseguirá dormir a noite. Sempre que começamos a nos preocupar, perdemos nosso abrigo e ficamos expostos aos elementos que podem abalar nossa fé.
Enquanto seu coração bater, você terá problemas. Mas posso assegurar: Jesus Cristo caminhará lado a lado com você e jamais o desapontará. Veja o que Devi disse: ‘‘Se Deus não estivesse comigo, eu jamais teria conseguido. No minuto em que eu disse ‘estou caindo, estou escorregando’, o seu amor, Deus, me segurou rapidamente. Quando estava triste e desanimado comigo mesmo, o Senhor me acalmou e me alegrou’’. (Sl. 94:17-19)
Você pode estar no meio do maior terremoto de sua vida neste exato momento, sendo abalado até o alicerce. Você sabe que não provocou essa situação, e está pensando por que Deus permitiu que isso acontecesse. Talvez você nunca descubra a resposta enquanto estiver deste lado da realidade. Mas se amar e conhecer a Deus, se entregou seu coração a seu Filho, ele o segurará em seus braços e nunca o 
deixará sair.

(Texto extraído do livro: Um mês para viver)

8 de nov. de 2012

A perspectiva do Carpinteiro


  Não conheço ninguém que seja normal. Você não é normal, eu não sou normal. Todos nós somos únicos. Não há outra pessoa no mundo como você. Embora sejamos muito diferentes, estamos todos na mesma caixa de ferramentas. No entanto, em vez de trabalharmos juntos para construir relacionamentos duradouros, como Deus deseja, muitas vezes somos tentados a criticar. É sempre mais fácil apontar as falhas e os defeitos de outra pessoa em vez de procurar as próprias deficiências. Veja o que Jesus fala sobre isso:
‘‘Por que você repara no cisco que está no olho do teu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do teu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do seu irmão’’. (Mateus 7:3-5)
Temos a visão aguçada para encontrar ciscos nos olhos de qualquer pessoa. Conseguimos enxergar aquela pequena partícula - o erro, o problema, o pecado ou a falha de caráter na vida de outra pessoa - e mal conseguimos esperar para apontar aquilo. E aí reclamamos: ‘‘Você realmente tem um problema aqui’’. ‘‘Mas’’, diz Jesus, ‘‘eis o verdadeiro problema. Você está tentando tirar o cisco do olho de outra pessoa, embora tenha uma trave no próprio olho’’. Existe um verdadeiro depósito cheio de pessoas com traves nos olhos por aí dizendo: ‘‘Cara, você viu que problema na vida daquelas pessoas? Ainda bem que não sou como elas!’’. Estão de tal modo determinadas a apontar o cisco nos olhos dos outros que se esquecem totalmente das traves presas à própria vida.
Observe que Jesus não diz que devemos ignorar o cisco. Muitas pessoas consideram hoje que estão julgando ao apontar um pecado. Não se trata disso. Devemos olhar o cisco nos olhos de uma pessoa e ajudá-la com o poder de Cristo. Nosso papel não é julgar, mas ser agentes de cura. Mas às vezes dizemos à pessoa: ‘‘Sabia que você tem um cisco no olho? Vou ajudá-la com isso’’, e aí acertamos a cabeça dela com a trave que está grudada em nosso próprio olho e ela responde: ‘‘Não, obrigada. Prefiro ter um cisco no olho a ser atingida pela trave na cabeça’’.
Em família, somos muito rápidos em apontar as falhas dos outros e desprezar as gritantes fraquezas de nossa vida. Descobri que, se me concentrar em minhas próprias deficiências e deixar que Deus me dê coragem para enfrentar minhas faltas, falhas de caráter e erros, não terei urgência em ajudar os outros a ver seus próprios ciscos. Se eu deixar de tentar mudar todo mundo e me esforçar para que Deus me mude, as 
pessoas em minha vida se tornarão muito mais acessíveis.

(Texto extraído do livro: Um mês para viver)