27 de jun. de 2013

O PERIGO DA AUTOPROMOÇÃO


     Confiança em si mesmo pode ser de grande ajuda para o bem. Mas, quando leva à autopromoção desenfreada e ao engrandecimento do ego, ela normalmente causa problemas - e, às vezes, pode até matar. Um homem chamado Corá fez essa descoberta mortal um pouco tarde demais.
Por ser membro da tribo de Levi, Corá tinha a honra de servir ao Senhor no tabernáculo. De acordo com a lei de Deus, apenas os levitas tinham autoridade de ministrar dessas forma. Contudo, Corá teve inveja da posição de Moisés e Arão ao observá-los respectivamente liderando o povo hebreu e servindo como sacerdote. Ao que parece, ele começou a raciocinar mais ou menos assim:
‘‘Sabe de uma coisa? Sou tão talentoso quanto os dois. Talvez até mais! Também tenho o dom de liderança. Deus não me ama menos que a esses homens, e está comigo tanto quanto está com eles. Além do mais, não gosto de como estão liderando e de para onde estão nos levando. Acho que é hora de haver uma mudança, e creio que sou a pessoa indicada para fazê-la acontecer!’’
Assim, Corá conspirou juntamente com mais dois líderes, Datã e Abirão, para desafiar a equipe de liderança que Deus havia designado (Num 16:1). Esses homens convenceram outros 250 líderes da comunidade a se juntar a eles numa tentativa de golpe de Estado. ‘‘Basta!’’, disseram eles a Moisés e a Arão. ‘‘A assembléia toda é santa, cada um deles é santo, e o Senhor está no meio deles. Então, por que vocês se colocam acima da assembléia do Senhor?’’ (16:3).
As palavras cortantes de Corá revelam um homem dotado de uma autoimagem confiante. Mas elas também revelam como esse ego inflado o levou por vários caminhos perigosos:

1. Ele se achava santo; descobriu mais tarde que Deus o considerava ímpio (16:26).
2. Ele achava que estava repreendendo Moisés; descobriu que, na verdade, estava desprezando Deus (16:30).
3. Ele achava que podia se autopromover; descobriu que havia conseguido um rebaixamento permanente (16:32).
4. Ele achava que podia ditar as regras; descobriu que Deus reserva a si mesmo a criação das regras (16:35).
5. Ele achava que podia discernir os pensamentos de Deus sozinho; descobriu que Deus fala com quem ele escolhe (16:20,23).

Deus reagiu à rebelião de Corá abrindo uma fenda na terra abaixo de seus pés e fazendo que ele e os outros conspiradores descessem ‘‘vimos à sepultura, com tudo o que possuíam; a terra fechou-se sobre eles, e pereceram’’ (16:33). Logo depois disso, os 250 líderes da comunidade que haviam se juntado àquela revolta de vida curta perecerem numa labareda de fogo celestial (16:35).
Esse triste incidente nos lembra que Deus despreza atitudes presunçosas e autopropagadoras. A vida é melhor para nós se dermos ouvidos às sábias palavras do apóstolo Pedro: ‘‘Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido’’ (I Pedro 5:6).

Moral da história: Deus honra aqueles que se humilham diante dele.

23 de jun. de 2013

FIEL APESAR DAS DIFICULDADES


Se você estivesse do lado de fora, poderia ter julgado a situação de José de maneira completamente diferente. Poderia ter observado a seqüência de dificuldades extremas e pensando: ‘‘Um jovem de boa aparência, vendido como escravo por seus irmãos, jogado numa prisão por conta de uma acusação ordinária e esquecido por anos por um homem que prometeu ajudá-lo? Para mim, isso se parece mais com um julgamento de Deus’’.

A história de José refuta a teoria de que apenas coisas boas acontecem a bons rapazes. Mas a vida dele também confirma que ‘‘Deus não é injusto; ele não se esquecerá do trabalho de vocês e do amor que demonstraram por ele, pois ajudaram os santos e continuam ajudá-los’’. (Hb 6:10). José era o favorito dentre os doze filhos de Jacó. Jacó até mesmo lhe deu uma vestimenta cara que o diferenciava dos irmãos (Gn 37:3). Quando adolescente, ele tolamente contou a sua família os dois sonhos que pareciam colocá-lo numa posição superior a todos - até mesmo a seus pais (Gn 37:1-11). Em pouco tempo, o ciúme de seus irmãos se transformou em ódio. Os irmãos de José o prenderam e o venderam a mercadores de escravos (37:28). Um egípicio rico chamado Potifar o colocou como responsável por seus bens (Gn 39:1-6). José recusou os avanços sexuais da esposa de Potifar e, por isso, ela o acusou de tentar violentá-la. Furioso, Potifar jogou José na prisão (39:7-20). Durante o tempo que passou ali, alcançou o favor do carcereiro e foi bem-sucedido em interpretar os sonhos de dois funcionários do faraó que estavam encarcerados, predizendo corretamente que um seria executado e o outro, liberto (40:1-22). Este prometeu que ajudaria José assim que fosse solto, uma promessa da qual ele rapidamente se esqueceu (40:23). Apenas dois anos depois, quando o próprio faraó teve um sonho perturbador, é que o homem se lembrou de José. Finalmente, José conseguiu ser liberto da prisão ao interpretar corretamente para o rei o significado do sonho que tivera (41:1-36). José disse ao faraó que aquele sonho antevia uma fome de sete anos que dizimaria o reino, a não ser que colheitas adicionais fossem estocadas com antecedência. O rei ficou tão impressionado com José que o encarregou do programa de armazenamento de colheita, fazendo dele o segundo homem no comando de todo o reino (41:39-57). Durante a fome, os irmãos distantes de José vieram ao Egito em busca de comida para suas famílias famintas. Eles não reconheceram José, mas este os reconheceu! Depois de uma série de encontros angustiantes, José finalmente revelou sua identidade. Com o segredo revelado, os irmãos logo temeram pela vida, pensando que José pudesse usar seu enorme poder para se vingar. Mas José sabia que, a despeito das dificuldades, Deus estivera com ele. Ele permanecera fiel ao Senhor, e pôde dizer aos irmãos trêmulos: ‘‘Não tenham medo. Estaria eu no lugar de Deus? Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que fosse preservada a vida de muitos’’. (Gn 50:19-20)

Moral da história: Deus pode não blindá-lo contra as dificuldades, mas vai usá-lo através delas, se você permitir.


14 de jun. de 2013

VIVER PELA FÉ



Nenhum outro nome do Antigo Testamento brilha mais intensamente do que o de Abraão. O apóstolo Paulo se referiu ao patriarca como ‘‘o pai de todos os que crêem’’ (Rm 4:11). Centenas de anos após sua morte, os líderes de adoração levitas o saudaram dizendo que ‘‘o coração dele era fiel’’ (Ne 9:8). O próprio Deus o chamou de ‘‘Abraão, meu amigo’’ (Is 41:8).

Quem foi esse homem que voluntariamente deixou uma vida confortável para reivindicar uma terra estranha? E por que Deus prometeu abençoar o mundo inteiro por meio dele?
Abraão cresceu na Mesopotâmia pagã. Durante os primeiros anos de sua vida adulta, seu pai, Terá, levou Abraão (ainda chamado Abrão) e sua jovem noiva, Sarai, para o oeste, rumo a Canaã. Contudo, não passaram de uma cidade chamada Harã, e se estabeleceram ali, às margens de um afluente do rio Eufrates.
Muitos anos depois, Deus chamou Abraão, na época com 75 anos de idade: ‘‘Saia da tua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei’’ (Gn 12:1). Abraão se levantou imediatamente e saiu, ‘‘embora não soubesse para onde estava indo’’ (Hb 11:8). Porque Abraão confiou em Deus e obedeceu, o Senhor lhe fez uma promessa que continua a abençoar e a moldar o mundo hoje:
‘‘Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, e você será uma bênção. Abençoarei os que o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados’’ (Gênesis 12:2-3).
A despeito da incapacidade de sua esposa de gerar filhos (Gn 11:30), Deus prometeu a Abraão que seus descendentes se tornariam tão numerosos quanto as estrelas do céu noturno - e o patriarca ‘‘creu no Senhor, e por isso lhe foi creditado como justiça’’ (Gn 15:6). Dessa maneira, ele se tornou o principal exemplo bíblico de um homem que depositou todo seu futuro nas promessas do Senhor. Nas palavras do apóstolo Paulo, Abraão estava ‘‘plenamente convencido de que ele (Deus) era poderoso para cumprir o que havia prometido’’ (Rm 4:21).
Isto o tornou perfeito? A grande fé que Abraão possuía evitou que ele desse um único passo fora da vontade de Deus? Longe disso. A Bíblia nos fala de maneira direta, por exemplo, que o medo que ele sentiu de um governador poderoso e levou a mentir sobre a verdadeira relação que tinha com sua esposa - não apenas uma vez, mas duas (Gn 12:10-20; 20:1-18).
Abraão e sua esposa também passaram por dificuldades quando Deus parecia se demorar em cumprir sua promessa. Passados dez anos sem que tivessem um filho, ambos concordaram em ‘‘dar uma mãozinha para Deus’’, usando uma mãe substituta chamada Hagar. Nove meses depois, Hagar deu à luz Ismael, o primogênito de Abraão - mas não era intenção do Senhor cumprir sua promessa dessa maneira (Gn 16:1-16). Somente depois de catorze anos é que ele capacitou Sara a ter um filho, Isaque, e, assim, finalmente nasceu o filho prometido de um homem que ‘‘reconheceu que o seu corpo já estava sem vitalidade’’ (Rm 4:19).
Talvez mais do que qualquer outro personagem do Antigo Testamento, Abraão nos mostra como deve ser uma vida de fé. Quando vivemos pela fé, somos ‘‘abençoados junto com Abraão, homem
 de fé’’ (Gl 3:9)

Moral da história: Fé significa crer nas promessas de Deus - e agir de acordo com elas.

9 de jun. de 2013

Ser pastor – um chamado à perseverança!



“Na presença de Deus e de Cristo Jesus, (...) ordeno a você, com toda a firmeza o seguinte: por causa da vinda de Cristo e do seu Reino, pregue a mensagem e insista em anunciá-la, seja no tempo certo ou não. Procure convencer, repreenda anime e ensine com toda a paciência.” ( II Tim.4:2,)

Parabenizamos nossos pastores em exercício e aos que estão em processo de formação para o ministério. Apropriamo-nos do texto extraído da carta pastoral de Paulo à Timóteo para encorajá-los a perseverar na fé e na obediência ao chamado.
            Em primeiro lugar, é preciso ter a consciência do chamado e do propósito da missão. Ter a convicção de que a voz que o convocou foi a voz firme e amorosa de Deus, ser motivado por este amor e pela clareza da relevância da missão impulsiona a prosseguir no cumprimento do chamado. Isto será um grande diferencial frente aos desafios, adversidades e enfrentamentos.
·          Prega a Palavra, insiste, fique firme – Em todo o tempo pregue a Palavra. Ainda que haja resistência da parte de alguns, não se limite a falar o que as pessoas querem ouvir, apresente a verdade de Deus!  A Palavra de Deus é a única que tem o poder de gerar vidas transformadas!
·         Admoesta, Aconselhe, corrija – Não perca a oportunidade de conduzir o homem ao arrependimento de seus erros, confronte-o com amor e com firmeza. Esta atitude exigirá de você coragem e dedicação. Em algumas situações poderá até sofrer rejeição, entretanto, é assim que poderá  salvar vidas!
·         Exorte, anime, encoraje, console – O pastoreio, o cuidado, o acolhimento é a maior expressão de amor que precisa alcançar os abatidos e feridos pelas adversidades da vida. É algo que exigirá de você desprendimento, sensibilidade, empatia, compaixão. Contudo, é o caminho que conduzirá o ferido a cura, a restauração, a vida!
·         Ensine com toda a paciência – Não desista daqueles que demonstram dificuldades em assimilar o que está sendo ensinado. – Cada um tem seu ritmo próprio para aprender, importante entender que no ritmo próprio todos têm capacidade de aprender. O ensino contínuo promove mudanças. Persevere!

Agradecemos a Deus pela vida de nossos pastores, reconhecendo o quanto são valiosos para nossa edificação. Pela dedicação ao ensino e pregação da Palavra, pela correção, pela consolação na Palavra, o nosso muito obrigado! Deus os abençoe e continue fazendo prosperar o trabalho de vossas mãos!



                                                           Igreja Batista Central em B.Roxo