8 de nov. de 2012

A perspectiva do Carpinteiro


  Não conheço ninguém que seja normal. Você não é normal, eu não sou normal. Todos nós somos únicos. Não há outra pessoa no mundo como você. Embora sejamos muito diferentes, estamos todos na mesma caixa de ferramentas. No entanto, em vez de trabalharmos juntos para construir relacionamentos duradouros, como Deus deseja, muitas vezes somos tentados a criticar. É sempre mais fácil apontar as falhas e os defeitos de outra pessoa em vez de procurar as próprias deficiências. Veja o que Jesus fala sobre isso:
‘‘Por que você repara no cisco que está no olho do teu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do teu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do seu irmão’’. (Mateus 7:3-5)
Temos a visão aguçada para encontrar ciscos nos olhos de qualquer pessoa. Conseguimos enxergar aquela pequena partícula - o erro, o problema, o pecado ou a falha de caráter na vida de outra pessoa - e mal conseguimos esperar para apontar aquilo. E aí reclamamos: ‘‘Você realmente tem um problema aqui’’. ‘‘Mas’’, diz Jesus, ‘‘eis o verdadeiro problema. Você está tentando tirar o cisco do olho de outra pessoa, embora tenha uma trave no próprio olho’’. Existe um verdadeiro depósito cheio de pessoas com traves nos olhos por aí dizendo: ‘‘Cara, você viu que problema na vida daquelas pessoas? Ainda bem que não sou como elas!’’. Estão de tal modo determinadas a apontar o cisco nos olhos dos outros que se esquecem totalmente das traves presas à própria vida.
Observe que Jesus não diz que devemos ignorar o cisco. Muitas pessoas consideram hoje que estão julgando ao apontar um pecado. Não se trata disso. Devemos olhar o cisco nos olhos de uma pessoa e ajudá-la com o poder de Cristo. Nosso papel não é julgar, mas ser agentes de cura. Mas às vezes dizemos à pessoa: ‘‘Sabia que você tem um cisco no olho? Vou ajudá-la com isso’’, e aí acertamos a cabeça dela com a trave que está grudada em nosso próprio olho e ela responde: ‘‘Não, obrigada. Prefiro ter um cisco no olho a ser atingida pela trave na cabeça’’.
Em família, somos muito rápidos em apontar as falhas dos outros e desprezar as gritantes fraquezas de nossa vida. Descobri que, se me concentrar em minhas próprias deficiências e deixar que Deus me dê coragem para enfrentar minhas faltas, falhas de caráter e erros, não terei urgência em ajudar os outros a ver seus próprios ciscos. Se eu deixar de tentar mudar todo mundo e me esforçar para que Deus me mude, as 
pessoas em minha vida se tornarão muito mais acessíveis.

(Texto extraído do livro: Um mês para viver)


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