14 de out. de 2010

MISSÕES: VISÃO DA NECESSIDADE DAS PESSOAS

"E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque andavam desgarradas e errantes, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: Na verdade, a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da Seara que mande trabalhadores para a sua seara" (Mt 9, 35-38).

Ao passar pelas aldeias e cidades, Jesus percebeu o quanto as pessoas estavam necessitadas de rumo. Ele teve compaixão das multidões. O povo Judeu sofria sob o peso do controle do Estado romano: os impostos eram altos, a opressão era grande, a religiosidade era fria e mecânica, os líderes religiosos, com seus rituais revestidos de legalismo hipócrita, não se importavam com as necessidades básicas do povo desamparado. Este corria aflito, de um lado para o outro, buscando formas de encontrar soluções para seus problemas físicos (curas), econômicos (trabalho) e espirituais (rituais). Diante dos olhos do Mestre, eram como "ovelhas sem pastor" (Mt 9, 36).

Em nossos dias, a cena não mudou, pois as multidões estão diante de nós, aflitas e desgarradas, como ovelhas sem pastor. No Amapá (e também em outras partes do Brasil), a prostituição infantil prolifera como atividade econômica básica para a família. Pobres crianças na pré-adolescência, levadas pelo próprio pai para um navio atracado, ao largo do Oiapoque, para passarem a noite com homens inescrupulosos por míseros R$ 20,00.

No Rio Grande do Sul, o inimigo ataca com a expansão de espaços falsos, que dominam um povo sem base espiritual, transformando-os em reféns de Satanás, a correrem de um lugar para outro, em busca de soluções para suas angústias. Ovelhas desgarradas e errantes, sem pastor. Nos grandes centros urbanos de nossa Pátria, as drogas, a prostituição, o alcoolismo, o jogo, o tráfico de drogas e a violência destroem as famílias, fazendo com que, enfraquecidas e desintegradas, vagueiem aflitas e desamparadas como ovelhas sem pastor. Jesus, então, olha para seus discípulos e os adverte: "a colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos" (Mt 9, 37).

Todos nós, seguidores de Cristo, precisamos atuar como trabalhadores na seara do Mestre, somando esforços com entidades como Missões Nacionais, que estão ampliando e fortalecendo a presença evangélica no Sul do Brasil. Cinquenta novas frentes missionárias estão sendo implementadas no Rio Grande do Sul. Seis missionários já estão atuando no Amapá desde o fim de 2007. A compaixão que Jesus sentiu pelas multidões está, também, pulsando no coração dos batistas brasileiros. O campo é muito vasto. São aproximadamente 8.500.00 Km². A colheita é grande. Mas os trabalhadores são muito poucos.


(Transcrito de Atualidades 2010)

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