21 de jun. de 2011



“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o entendimento.” (Mt.22.36-37)
Tanto no AT como no NT, o amor que há no coração é o alvo da busca de Deus. Ele se dirige ao coração porque ali se encontra a sede do amor. (...)
Enquanto Deus se revela a si mesmo no íntimo do coração pela palavra lida e recebida, pelo reconhecimento de sua ação no mundo e pela comunicação pessoal do Espírito que habita em nós, devemos responder em oração a Ele que declara e aprofunda nosso amor.
Uma moça presa numa casa em chamas foi resgatada por um jovem bombeiro, que pôs sua própria vida em risco para retirá-la do incêndio. Ela sentiu profunda responsabilidade de lhe agradecer o ato sacrificial. Poucos dias depois, a jovem, que foi resgatada, procurou o bombeiro para externar sua gratidão. Eles conversaram, passearam e, finalmente, acabaram se casando. Ela, que devia a vida ao jovem bombeiro, passou a namorá-lo e, lentamente, um mero sentimento de gratidão transformou-se num amor profundo. Pagou sua dívida com a oferta permanente do seu amor e mostrou sua alegria em conviver com aquele que arriscou sua vida para resgatá-la.
Assim também Deus procura uma comunhão por meio da experiência verdadeira com cada pessoa que experimentou passar da morte para a vida (João 5.24), pelo sacrifício de Jesus Cristo.
(...) O General William Booth, fundador do Exército da Salvação, foi indagado acerca do segredo do seu sucesso. Hesitou por um instante, mas logo, com os olhos cheios de lágrimas, respondeu: “Eu compartilharei o segredo. Deus tem se apoderado de tudo que há em mim. Podem ter havido homens com maiores oportunidades, mas desde o dia em que os pobres de Londres dominaram meu coração e ganhei uma visão daquilo que Jesus Cristo podia fazer, determinei que Deus teria tudo do que houvesse em William Booth. Se há algum poder no Exército da Salvação, hoje, é porque Deus tem recebido toda a adoração do meu coração, todo o poder da minha vontade e toda a influência da minha vida.”
Deus nos quer como seus verdadeiros adoradores, por nos amar profundamente (I João 4:8-16). Seu mandamento singular requer que nós o amemos de todo o coração e alma.
(...) Adoração deve ocupar também a mente, de maneira a envolver a meditação e a consciência do homem. Os valores que excluímos ou incluímos em nossa mente devem concordar com os valores divinos. (...) Amar a Deus com entendimento (Mc.12:30) é um desafio constante.
(...) O Culto verdadeiro requer todo nosso esforço...
É comum um membro da igreja secularizada professar a fé em Cristo, mas não se preocupar em expressar amor a Deus, que exige toda a sua força.
(...) Creio que foi o receio de ter muitos seguidores que não entendessem o que era essencial na adoração, que motivou Jesus a desvendar o alto preço pago por um discípulo. Palavras extraordinárias são as seguintes: “Se alguém vem a mim, e amar pai e mãe, mulher e filhos, irmãos e irmãs, e até a própria vida, mais do que a mim, não pode ser meu discípulo.”LC. 14:26
(...) Há muitos anos, John Comenius escreveu: “Porque aquele que ama a Deus com todo seu coração não necessita de prescrições para saber quando, onde e quanto ele deve servi-lo, adorá-lo e cultuá-lo. Porque essa união sincera com Deus, em si mesma, juntamente com a prontidão em obedecer e adorar a Deus de modo mais aceitável, o conduz a louvá-lo através de seu ser e glorificá-lo em todos os seus atos.”
Russel Shedd

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