23 de mar. de 2012

COMO A HUMILDADE SE MANIFESTA

Conforme anunciamos no domingo passado, continuamos nesta edição, o assunto que tem sido nossa principal temática nestes dias em que nossa igreja vive momentos especiais na expectativa de um grande avivamento espiritual. Nos boletins anteriores utilizamos textos escritos pelo Pr. Hernandes Dias Lopes no livro “Filipenses – A alegria triunfante no meio das provas” os quais muito nos tem inspirado e ajudado nos estudos do trimestre que estamos encerrando. Hoje, estamos transcrevendo mais um trecho do referido livro, com o tema acima referido. “A humildade olha para o outro com honra. No capítulo 1, Paulo colocou Cristo em primeiro lugar (1.21). Agora, coloca o ‘‘outro’’ acima do ‘‘eu’’ (2.3). Uma pessoa humilde não tem sede de fama, projeção e aplausos. Ela não se embriaga com o poder. Não busca os holofotes do palco nem corre atrás das luzes da ribalta. Uma pessoa humilde não canta “Quão grande és tu” diante do espelho. O escritor Werner de Boor diz que uma pessoa humilde tem prazer de realizar o serviço que quase não aparece, o trabalho que permanece nos bastidores, a obra insignificante, deixando com alegria aos outros aquilo que parece mais importante e obtém maior reconhecimento. A humildade busca o interesse do outro com solicitude. A igreja de Filipos era multirracial: Lídia era uma Judia rica, a jovem liberta era uma escrava grega, e o carcereiro era um oficial romano da classe média. Nessas condições, não era fácil manter a unidade da igreja. Ter interesse em proteger os interesses alheios, porém, faz parte dos alicerces da ética cristã. No mundo, cada um cuida primeiro de si, pensa somente em si, e seu olhar está atento apenas aos próprios interesses. Os interesses dos outros estão fora de seu verdadeiro campo de visão. Por isso, tampouco existe no mundo verdadeira comunhão, mas somente o medo recíproco e a ciumenta autodefesa contra o outro. Em terceiro lugar, o supremo exemplo da humildade. No capítulo 2, Paulo cita exemplos de humildade, ou seja, colocar o “outro” na frente do “eu”. Entretanto, o argumento decisivo de Paulo é o exemplo de Cristo e se o exemplo de Cristo deve ser seguido, é melhor, então, manter maior interesse pelos direitos dos outros e pelos nossos deveres do que cuidar principalmente de nossos direitos e dos deveres dos outros. O texto que registra a encarnação, o esvaziamento, a humilhação, a obediência, a morte e a exaltação de Cristo não é uma peça doutrinária escrita por um teólogo de gabinete que está traçando reluzentes verdades doutrinárias contra nevoeiro denso das heresias, mas foi escrito por um homem que, com humildade e amor, lutava pela verdadeira concórdia de seus irmãos. Essas frases, com todo o seu teor dogmático, são parte dessa luta. A leitura correta desse magno texto cristológico não é apenas que trata da humilhação e exaltação do Filho de Deus, mas a que abala nosso coração egoísta e vaidoso por meio da trajetória seguida por Jesus”.

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