24 de ago. de 2012

MERGULHANDO EM ÁGUAS PROFUNDAS


      Com a mente voltada para o tema do nosso congresso, quero compartilhar com meus amados irmãos, o que vai no meu coração, um pouco de minhas expectativas e minhas preocupações, pois o tempo em que vivemos é marcado por grandes eventos mas pequenos compromissos, muito barulho e poucos resultados, muito carisma e pouco caráter, muita religiosidade e nenhum senso de temor a Deus. A minha expectativa é que este encontro seja muito mais que mero evento para cumprir uma agenda que faz parte do programa anual da igreja. Precisamos considerar este momento como parte do agir de Deus e o Seu desejo de que sejamos melhores filhos seus, mais fiéis e obedientes, mais comprometidos com o Seu Reino, mais dedicados a Sua causa e que realmente saiamos da superficialidade e mergulhemos de verdade nas águas profundas d’Aquele que é a fonte da água da vida. Enquanto escrevo estas linhas, penso que o grande segredo que precisamos descobrir para sair da superficialidade e mergulharmos nessas águas benditas é aprender a desenvolver em nossas vidas o princípio de tudo: Amar como Jesus ama Leia a história contada por Bill Hybels em seu livro “Quem é você quando ninguém está olhando?”:
     ‘‘Conheço um homem que goza de uma extraordinária comunhão com Deus. Ele não nasceu assim; aprofundou seu relacionamento com o Senhor através da prática do amor radical. Alguns anos atrás, ele e o pai trabalharam como missionários numa terra distante. Alguns representantes de uma seita religiosa perguntaram ao pai se podiam orar com ele. Ele concordou prontamente e marcaram a data. No dia combinado, apareceu um homem e os dois foram a uma sala privativa para orar. De repente, meu amigo percebeu uma agitação incomum. Correu à sala, e viu o pai ensangüentado no chão. O homem que ali viera, em vez de orar, esfaqueou o missionário, matando-o. Apesar do sofrimento, o jovem resolveu dedicar-se à tarefa de ganhar o povo daquela seita extremista, que havia planejado o assassinato de seu pai. Seria muito compreensível se ele tivesse abandonado o ministério. Em lugar de deixá-lo, porém, ele expandiu o trabalho que seu pai havia iniciado. E no processo de amar radicalmente aquele assassinos, aprendeu a sentir a presença e o poder de Cristo de uma forma que jamais experimentara. Quando levamos tapas, abrimos mão de nossos direitos legais, e carregamos a bagagem de outrem além do necessário, descobrimos que estamos em águas profundas na companhia de Cristo. Ao percebermos a instabilidade do lugar onde estamos pisando, nós nos agarramos ao Senhor. Sentimos o apoio dele em situações em que jamais o sentiríamos, se agisse de outra forma. Muitos crentes nunca se soltam do ancoradouro do amor. Têm medo de serem levados para o alto-mar do amor radical, não retaliativo, o amor que anda a segunda milha. E no entanto é aí que a ação se desenrola. É aí que a presença de Deus se manifesta de maneira mais intensa, jamais experimentada por aqueles que permanecem no porto. É aí que todos temos uma visão mais profunda de Jesus Cristo, o único exemplo perfeito de amor radical, e então ficamos perplexos. É aí, também que a hostilidade termina e tem inicio uma paz duradoura. O amor radical parece não ter lógica. Também não é fácil. Todavia é algo de que o mundo necessita urgentemente, hoje mais do que nunca.”

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