14 de jun. de 2013

VIVER PELA FÉ



Nenhum outro nome do Antigo Testamento brilha mais intensamente do que o de Abraão. O apóstolo Paulo se referiu ao patriarca como ‘‘o pai de todos os que crêem’’ (Rm 4:11). Centenas de anos após sua morte, os líderes de adoração levitas o saudaram dizendo que ‘‘o coração dele era fiel’’ (Ne 9:8). O próprio Deus o chamou de ‘‘Abraão, meu amigo’’ (Is 41:8).

Quem foi esse homem que voluntariamente deixou uma vida confortável para reivindicar uma terra estranha? E por que Deus prometeu abençoar o mundo inteiro por meio dele?
Abraão cresceu na Mesopotâmia pagã. Durante os primeiros anos de sua vida adulta, seu pai, Terá, levou Abraão (ainda chamado Abrão) e sua jovem noiva, Sarai, para o oeste, rumo a Canaã. Contudo, não passaram de uma cidade chamada Harã, e se estabeleceram ali, às margens de um afluente do rio Eufrates.
Muitos anos depois, Deus chamou Abraão, na época com 75 anos de idade: ‘‘Saia da tua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei’’ (Gn 12:1). Abraão se levantou imediatamente e saiu, ‘‘embora não soubesse para onde estava indo’’ (Hb 11:8). Porque Abraão confiou em Deus e obedeceu, o Senhor lhe fez uma promessa que continua a abençoar e a moldar o mundo hoje:
‘‘Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, e você será uma bênção. Abençoarei os que o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados’’ (Gênesis 12:2-3).
A despeito da incapacidade de sua esposa de gerar filhos (Gn 11:30), Deus prometeu a Abraão que seus descendentes se tornariam tão numerosos quanto as estrelas do céu noturno - e o patriarca ‘‘creu no Senhor, e por isso lhe foi creditado como justiça’’ (Gn 15:6). Dessa maneira, ele se tornou o principal exemplo bíblico de um homem que depositou todo seu futuro nas promessas do Senhor. Nas palavras do apóstolo Paulo, Abraão estava ‘‘plenamente convencido de que ele (Deus) era poderoso para cumprir o que havia prometido’’ (Rm 4:21).
Isto o tornou perfeito? A grande fé que Abraão possuía evitou que ele desse um único passo fora da vontade de Deus? Longe disso. A Bíblia nos fala de maneira direta, por exemplo, que o medo que ele sentiu de um governador poderoso e levou a mentir sobre a verdadeira relação que tinha com sua esposa - não apenas uma vez, mas duas (Gn 12:10-20; 20:1-18).
Abraão e sua esposa também passaram por dificuldades quando Deus parecia se demorar em cumprir sua promessa. Passados dez anos sem que tivessem um filho, ambos concordaram em ‘‘dar uma mãozinha para Deus’’, usando uma mãe substituta chamada Hagar. Nove meses depois, Hagar deu à luz Ismael, o primogênito de Abraão - mas não era intenção do Senhor cumprir sua promessa dessa maneira (Gn 16:1-16). Somente depois de catorze anos é que ele capacitou Sara a ter um filho, Isaque, e, assim, finalmente nasceu o filho prometido de um homem que ‘‘reconheceu que o seu corpo já estava sem vitalidade’’ (Rm 4:19).
Talvez mais do que qualquer outro personagem do Antigo Testamento, Abraão nos mostra como deve ser uma vida de fé. Quando vivemos pela fé, somos ‘‘abençoados junto com Abraão, homem
 de fé’’ (Gl 3:9)

Moral da história: Fé significa crer nas promessas de Deus - e agir de acordo com elas.

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