11 de mar. de 2010

O SORRISO DE DEUS

No Domingo passado, nossa igreja iniciou mais uma campanha com a finalidade de levantar recursos para a obra missionária no mundo. Na ocasião, transcrevemos o texto criado pelo missionário Humberto Chagas (Dakar, Senegal) com o título "Parábola do Grão de Mostarda" contando suas experiências naquele país. Hoje, somos abençoados com o testemunho da Irmã Noêmia Cessito, nossa missionária em Dondo, Moçambique.
Uma jovem mãe procurou nossa ajuda trazendo duas crianças queimadas, o que chamou a atenção de todo mundo no pronto socorro. Aquela foi a primeira vez que a encontrei, naquele lugar. e perguntei-lhe o que tinha acontecido. Ela só respondeu, rudemente, "fogo".
Olhando para aquelas crianças queimadas , no rosto e nos braços, percebi que a mão de Deus estava naquela situação. Pois Ele havia livrado os olhos da criança menor, que deveria ter uns sete meses. Toquei na pequena e disse: "Deus é bom, guardou os olhos dela". A mãe apenas me olhou, seriamente.
Um outro dia, ao socorrer alguém na Emergência do Hospital Central do Dondo, encontrei aquelas duas crianças. O pai estava com a maior, de uns cinco anos, fora da sala; ela chorava muito. A menor estava ainda fazendo curativo, gritava de dor, e a mãe a segurava. Aproximei-me e perguntei ao pai, o que tinha acontecido. Ele falou que as crianças estavam brincando, fazendo comida em latas, e o fogo pegou na capulana e queimou as duas.
A maior sangrava na ferida da queimadura que fora trocada as gases; a pequena gritava desesperadamente. Percebi que o hospital não tinha as ataduras próprias e me ofereci para ajudar, dando o medicamento. Mandamos comprar uma parte, a outra levamos do nosso Posto de Saúde. Depois, o pai foi buscar o medicamento em nossa igreja.
Tempos depois fui ao hospital e, ao entrar, nem reparei na mulher que estava sentada com um bebê na capulana e uma outra ao lado dela. Mas, senti os olhares sobre mim. Virei-me e vi o sorriso. Eram elas, a mãe e as meninas já sem curativos. A cicatriz era grande, mas não foi isso que vi... Foi o sorriso mais lindo no meio de tantos que recebo todos deformado. Era a menina maior, que me olhava e sorria para mim.
Ainda quando escrevo, vejo aquele sorriso e as lágrimas me vêm aos olhos. Que prêmio maravilhoso! Apenas por um momento de atenção e um medicamento que fizeram toda a diferença. E, aí, olhei em direção à mãe. Ela também sorria e, ao mesmo tempo, me saudava e agradecia inclinando a cabeça.
Sabe, Deus sorriu para mim! Sim, este foi o meu sentimento, lembrando a Palavra que diz: "Quando fizer por um desses pequeninos, fazemos por Ele."
E, NAQUELE SORRISO, EU VIA AS OFERTAS, AS ORAÇÕES E AS MENSAGENS DE CADA PESSOA QUE NOS APÓIA NESSA OBRA. POIS DEUS SORRI PARA NÓS QUANDO SEU POVO NOS ABENÇOA!!

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