24 de set. de 2012

Em um Brasil em trevas seja luz



 ESTENDENDO A MÃO QUANDO VOCÊ PREFERIRIA NÃO FAZÊ-LO

Jonas não se importava com os ninivitas. Não queria saber que Nínive era cidade com dezenas de milhares de pessoas condenadas a ir para o inferno. Sua procrastinação e seu preconceito pessoal eram mais fortes do que qualquer paixão que pudesse ter pelos perdidos. O fato é que, para ele, o julgamento de Nínive era algo bastante apropriado.
Você já se sentiu assim em relação a alguém? Alguns de nós talvez tenhamos um prazer perverso em saber que pessoas que nos perturbam podem estar se encaminhando para o inferno. Certamente esse não é o tipo de atitude que devemos ter como cristãos. A verdade é que todos merecemos ir para o inferno. Todos nós merecemos o julgamento de Deus. Jesus não disse aos cristãos: ‘‘odeiem seus inimigos e desejem que o julgamento sobre eles chegue logo’’. Ele disse: ‘‘Vocês ouviram o que foi dito: Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem’’. (Mt 5:43-44).
Há momentos em que nós, cristãos, nos retiramos para locais particulares de isolamento. Nós nos isolamos das pessoas que não crêem do mesmo jeito que nós. Não queremos nenhum contato com elas por causa do medo de que possamos ser contaminados. Aqui está o problema com esse tipo de atitude: como aquelas pessoas serão salvas se não tiverem contato com alguém que possa lhes falar sobre o amor de Deus? Não estou sugerindo que Deus, de alguma forma, dependente de nós. Ele pode fazer o trabalho muito bem sem nossa ajuda. Mas, ao mesmo tempo, quer nos usar como instrumentos seus.
Paulo fez uma pergunta retórica em Romanos: ‘‘Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue?’’ (Rm 10:14).
Jonas era filho de Deus. Era alguém que cria, ainda que de um jeito esquisito, até mesmo desobediente naquele momento. Mas ele cria mesmo assim. O que a Bíblia diz sobre a maneira de Deus lidar com seus filhos? Ela diz: ‘‘Pois o Senhor disciplina a quem ama’’ (Hb 12:6). Porque nos ama, o Senhor procurará chamar nossa atenção quando estivermos no caminho errado.
Todos nós sabemos como é isso. Quando cruzamos a linha, quando estamos prestes a fazer algo que sabemos ser errado, surge aquela pequena voz dentro de nossa cabeça, aquele senso de convicção do Espírito Santo, dizendo: ‘ ‘Não faça isso; não é certo’’.                                                            

(Greg Laurie)

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